Depois de morar por um tempo na casa paroquial de Morros,que era minha paróquia, fui residir no patronato Nossa Senhora Aparecida que ficava em frente a casa paroquial e à igreja.Lá era bom, porque Morros era a cidade da família de meu pai e da minha avó materna.Somente meu avô materno,de origem portuguesa , morava em Axixá,onde nascemos,fomos batizadas e fizemos a primeira comunhão.
Eu ,que nasci no dia 05 de dezembro de 1946, fui batizada no dia vinte e cinco de outubro de 1947,conforme está no livro número 05 de assentos de batismo dessa paróquia fls verso 79.Lá além do batismo e da primeira comunhão tinha-se o costume de fazer a consagração, que era tipo um outro sacramento com direito a padrinhos e celebração. Foi lá também que meus pais se casaram.
No patronato,entre as internas, estavam duas irmãs e uma prima minha que cuidavam da igreja.Eu fiquei naquela casa até terminar o curso primário. Quem tomava conta desse internato eram as irmãs missionárias capuchinhas. Inclusive uma delas, a irmã Cândida que tomava também conta da escola, era irmã do Monsenhor Carlos Bacelar.
Após ter feito o exame de admissão, fui passar férias em minha casa.No ano seguinte as irmãs iriam embora e uma das minhas irmãs foi morar com umas freiras canadenses numa cidade chamada Guimarães. Outras duas foram morar com outras irmãs canadenses na cidade de Alcântara , onde hoje existe uma base de lançamento de foguetes espaciais. Eu fui viver e estudar numa cidade por nome Bacabal. Lá as religiosas eram alemães e eu não as conhecia e a ninguém que morava lá. Para mim tudo era muito estranho. Fiquei naquele internato por três anos .Não tinha comunicação com nenhum parente, não recebia visita .Mas como em Morros tinha uma freira que gostava de mim e era inclusive minha professora, em Bacabal também uma religiosa ,que nos ensinava canto, gostava de mim e a gente conversava sempre.O nome dela era irmã Engeltraud. Mas mesmo assim às vezes me batia uma solidão e saudade de minha casa.Uma vez essa irmã me perguntou se eu queria ir morar com a mãe dela na Alemanha. Na hora eu disse que sim, porém , depois me veio uma insegurança tão grande,que para não desgostá-la ,pensei de como ir embora .
Passado um tempo ,chegaram lá outras irmãs da Alemanha que estavam vindo morar em São Luis.Senti uma grande alegria e a esperança de ficar mais próximo de minha cidade.Elas iriam morar no bairro chamado Alemanha porque ali moravam padres alemães.
Um dia uma delas ia passando perto de mim,então , aproveitei a oportunidade e perguntei-lhe se poderia morar com elas. Ela não deu resposta. Mas eu precisava achar um jeito de sair daquele lugar logo. Então pensei... se eu não for morar com elas, irei morar com minha madrinha de crisma ,que era supervisora da escola e que morava naquele mesmo lugar.
Finalmente fui morar com as irmãs também franciscanas e alemães na Alemanha de São Luis.
Essa aventura vai continuar em outros capítulos.
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