sábado, 24 de janeiro de 2015

O Direito à Liberdade

         

Certa vez ao ouvir o canto extasiante de um pássaro, pensei: vou dar um jeito de capturá-lo e colocá-lo em uma gaiola na minha residência, para ouvi-lo todos os dias ou várias vezes nesse espaço de tempo. Vai ser maravilhoso!        Será bom para mim que vou ter essa melodia diária e para ele que terá todo meu carinho e proteção. Sentei-me em uma pedra e fiquei observando-os. Vi como voavam e cantavam livres como se quisessem me convencer de que aquele é o lugar a que têm direito. Então refleti: acredito que preso, seu canto aos poucos irá se tornando melancólico e sua vida definhará. Logo, melhor que vê-lo cantando numa jaula, é contemplá-lo voando alegre pelos ares, onde tem a primazia de viver.


domingo, 11 de janeiro de 2015

"Todo Cuidado é Pouco"

Certo dia vindo de um local onde tinha assistido um vídeo sobre Giordano Bruno, encontrei entre outras pessoas, uma amiga que estava um pouco preocupada. Fomos conversar! Ela comentou comigo que um casal conhecido dela  estava separado e que eles dois estavam sempre em constante tensão. Disse também que o homem possui atitudes violentas contra a mulher, não a respeita e falou que quer encontrá-la a fim de ter uma conversa a sós com ela. Pois ele acha que a mesma esconde alguma coisa dele e quer à toda força que ela se pronuncie sobre o que ele deseja saber.   Lídia, minha amiga, me disse que está procurando uma maneira de entrar nessa história a fim de tentar contornar essa situação. Pensou em escolher um trecho bíblico, para tentar levá-los a uma reflexão profunda, que possa fazer uma mudança para melhor naquelas vidas. E me perguntou o que eu achava de tudo isso.   Eu lhe disse o seguinte: o que acabas de me contar é muito grave! Não existe uma receita pronta. Por isso vou fazer-te algumas considerações sobre essa situação. Em primeiro lugar intimidar alguém, expô-la ao ridículo e ameaçá-la para obter qualquer informação é crime, e como tal, deve ser tratado.    E com o agravamento de ser contra uma mulher. Isso deve ser denunciado por qualquer pessoa  a fim de que a lei Maria da Penha seja cumprida. Basta de violência contra a mulher!     Outra consideração é: não falar a sós com pessoa que, já provou por várias vezes, um descontrole emocional. Essa pessoa pode ser capaz de agredi-la e depois posar de bom moço para a sociedade.       Já foi divulgado várias vezes em telejornais, pessoas que matam e depois vão chorar com a família enlutada. Cuidado!      A bíblia é a palavra de Deus para nós, revelada principalmente por Jesus. E o próprio Jesus Cristo pediu que a levássemos a todas as pessoas! Assim podes sim usá-la nessa situação. A Igreja é Mater et Magistra. Sendo mãe e mestra, sempre ama e acolhe seus filhos. Métodos violentos só podem ser utilizados por pessoas violentas.       A terceira consideração é que na nossa constituição brasileira  tem um artigo que reza: " somos todos iguais perante a lei", logo ninguém é dono de ninguém. E digo mais que ninguém pode ousar nos impor à declarar qualquer coisa  à força. Por isso temos a prerrogativa de ficarmos calados durante qualquer interrogatório. Nossa pátria tem lei e comando! E o mais importante: Deus na sua imensa sabedoria e vendo possíveis ciladas que poderiam ser armadas contra os mais fracos, nos deu o que chamamos de Foro Íntimo. Assim como só Deus Pai e Nossa Senhora podem olhar para Jesus e dizer - meu filho -, da mesma forma só Deus e cada ser humano deve ter livre acesso a essa parte tão íntima de nosso ser. Saiba que  qualquer pessoa que queira entrar nela para obter o que dela  advém, deve ser tratada como intrusa, alijada de sua amizade e inserida na lista de gente com atitude constrangedora. Aliás " Todo Cuidado é Pouco".

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A Flor do Pântano

  

No tempo de antanho quando, eu e muita gente, não éramos acostumados a manusear e ler a bíblia, li um livro intitulado Evangelhos que Incomodam. Gostei e me veio a  vontade de ter mais contato com esse livro sagrado. Mais tarde, lendo alguns desses livros, me impressionei como em sociedades patriarcais, machistas e fechadas em si mesmas, onde o papel da mulher submissa é só cuidar do marido e dos filhos; como algumas delas se destacaram bravamente na luta para salvar suas vidas e as de seu povo. Cito a seguir o nome de algumas delas: Ana, Débora, Ester, Judite, Raab, Rute e Susana. Elas desafiaram perigos e com criatividade, garra, beleza e fé, venceram a arrogância e a truculência de seus opressores, levando-os, em alguns casos, ao seu próprio aniquilamento. Como alguém já escreveu: "Toda opressão leva à destruição do opressor ".   Mas isso não aconteceu somente no passado ou em determinado continente. A história humana é permeada de lutas, onde pessoas inescrupulosas, em determinadas circunstâncias, se arvoram de juízes e oprimem, deprimem , reprimem e até matam com tanta banalidade, como se a vida  do outro fosse qualquer coisa sem valor. Pensando bem, essas pessoas são seres humanos machucados ou frutos de ensinamentos que tanto deixam a desejar, principalmente, quando se trata  dos direitos humanos.    Elas  precisam ter a clareza de que não somos feitos de ferro, concreto ou pedra e  até esses se quebram. Somos uma obra prima, singular e a mais perfeita da criação. É por esse motivo que devemos, após sermos gerados: nascer, crescer, desempenharmos uma tarefa que sirva para o bem de nossas vidas e da sociedade. Logo necessitamos ser amados, respeitados, reconhecidos e encorajados onde quer que estejamos.     Repudio qualquer tipo de constrangimento, violência contra quem quer que seja, principalmente contra a mulher, crianças, pobres e a todos aqueles e aquelas que  se opõem ao capitalismo selvagem, usurpador de vidas, dignidade e felicidade de tantas pessoas.      Hoje quero me solidarizar fraternalmente e de um modo muito particular com estas mulheres guerreiras, sonhadoras, corajosas e que já escreveram suas histórias de vida no livro do nosso país e do mundo e que por isso mesmo provocam ira em tantos antidemocratas ferozese brutais.Vão em frente! Seus exemplos nos edificam! Cada uma de vocês  é como a flor de um pântano, que mesmo tendo  a presença de lama e encharcamento ao seu redor, continuam limpas, belas, audaciosas e imponentes! Peço-lhes a permissão e a honra de escrever o nome de algumas de vocês: Vanessa Grazziotin, Maria do Rosário, Malala, irmã Dulce, Madre Tereza da Calcutá  e a nossa estrela  Dilma Rousseff - presidenta do Brasil.        Preciso deixar claro que nós mulheres não lutamos contra os homens, mas por uma sociedade sem "fuzis", preconceitos, autoritarismo e barbárie. E podem crer: vamos continuar lutando a fim de quebrarmos os grilhões que continuam tentando  nos aprisionar. " Quem viver verá."

O Livro


É interessante como o conhecimento é importante para nós! Ele pode vim até nós através de alguma coisa que vimos, que lemos ou que ouvimos. É provável que ele acrescente e até mude nosso jeito de pensar.
Em alguns livros didáticos que tive, as lições eram assim: um texto. Abaixo dele, o vocabulário e, algumas vezes, mais abaixo uma fábula.
A gente pode até não dar muita importância a elas, mas, se pensarmos bem, acrescentam alguma coisa à nossa aprendizagem.
A experiência que tenho de muitas dessas estórias é magnífica! A mensagem de muitas delas me acompanham até hoje, como as seguintes: a lenda da raposa e das uvas. É mais ou menos assim: uma raposa, ao passar por um certo lugar, viu muitas uvas maduras. Procurou um jeito de derrubá-las para comer. Elas cobriam uma cerca bem alta. O animal tentou, tentou... como não conseguiu disse: vou embora! Essas uvas estão estragadas. A proposta da fábula é que não devemos desistir logo do nosso objetivo e nem dar desculpa incoerente quando não conseguimos.
Outro conto dessa espécie é o do gato e os ratos. Ele diz que em uma residência tinha sempre muitos queijos. Então à noite, os ratos "faziam a festa". A moradora da casa resolveu adquirir um gato a fim de espantar aqueles visitantes indesejados. Os ratos ao ouvirem o miado do gato, convocaram uma assembléia para tomar uma decisão a esse respeito. Concluíram que precisavam colocar um guizo no pescoço do gato. O presidente dessa reunião perguntou: quem vai colocar o guizo no gato? O silêncio foi total. E a lenda termina assim: moral da estória: falar é fácil, fazer que são elas.
Essas estórias foram pensadas, escritas e passadas adiante.
Quero, agora, citar outros escritos inspirados, pensados e passados a muitas gerações, chegando até nós e como a água corrente continuará seu curso até a consumação dos séculos. São os salmos. Lidos e cantados pelos judeus de ontem e de hoje, chegaram até nós cristãos.
Maria mãe de Jesus e nossa  ao proclamar o magnífica, cantou inspirado no de Ana, cita vários versículos e vários salmos como: no salmo 110,9; Sl. 112,17; Sl. 88,11; Sl. 106,9 e o Sl. 97,3. Também Jesus na sua paixão, como nos narra Mateus 27,46, cita o salmo 21,1a.
Cada pessoa pode se identificar mais com este ou aquele salmo. O certo é que com eles cantamos  as maravilhas, o poder e a nossa dependência do Todo Poderoso.
Temos a possibilidade de conhecer e reconhecer nosso Criador, pela sua criação e pela nossa finitude. Porque a criação é o livro aberto com passagens e realidades, onde podemos contemplar, fazer perguntas, descobrir possíveis respostas, vivenciando nosso encontro com Deus.
Como um arco-íris que da terra eleva nosso olhar até os céus. Só que somos mais propensos, por desinformação ou informação desprovida de verdade, a pensarmos no Senhor mais na dor, na doença, no sofrimento  e na morte; vendo tudo isso como castigo e não como consequência  da vida na terra. Mas se a informação e a formação nos forem colocadas de maneira  verdadeira e natural, observando que o mundo é o livro aberto, onde o Criador nos conforta com seu poderoso e fascinante amor. Por isso esse livro conta, canta e encanta, elevando-nos até a morada de Deus, dos anjos e dos Santos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sobre Textos Bíblicos

2ª Parte

 Outrora a aprendizagem dos conteúdos programáticos nas escolas era feita à base da decoração. Eu decorei a tabuada, as classes gramaticais das palavras, as conjugações verbais e até lá pelo quinto ano primário, se a memória não me falha, os ensinamentos do segundo catecismo da doutrina cristã. Eram perguntas e respostas, como: 
Pergunta: És cristão?
Resposta: Sim, sou cristão pela graça de Deus.
Pergunta: Qual é o verdadeiro cristão?
Resposta: É aquele que é batizado, crê e professa a doutrina e a lei de Jesus Cristo.
Pergunta: Como o homem se faz cristão?
Resposta: Pelo batismo.
Pergunta: Qual é o sinal do cristão?
Resposta: É o sinal da cruz.
E daí por diante. Hoje, não precisamos tanto decorar, mas entender, refletindo sobre o que nos é ensinado. Por isso me apaixonei por muitos textos bíblicos.
  Assim como há alguns anos, era capaz de datilografar e conversar enquanto acontecia esse processo, posso, enquanto alguma coisa está sendo explicada, mesmo aparentemente desligada, está inteirada do assunto que está sendo refletido. Não é nada de extraordinário, é apenas prática.
  Na meditação sobre os discípulos de Emaús, me coloco naquela caminhada. Entendo aquela perplexidade.   Porém, agora, com a convicção de que alguém anda conosco: Emanuel.
  Essa passagem do evangelho é belíssima! E como eu desejaria que as pessoas assumissem esta lição que o Senhor trouxe para nós: caminhar com quem está a caminho; o solidarizar-se com quem está precisando; o encorajar através do ensinamento (Cf. Lc; 24, 26-27); a preocupação com a segurança do irmão: "fica conosco, já é tarde e já declina o dia." (Lc 24, 29c) e consequentemente a acolhida: "entrou então com eles" (Lc. 24, 29c) principalmente para quem afirma ser cristão.
 Infelizmente muitos, ao invés de acolher seus semelhantes, o entregam a própria sorte. Neste caso veiculados pelos meios de comunicação à própria morte. Vamos relembrar dois exemplos mais recentes: dois irmãos adolescentes que sofriam maus tratos e ameaças de morte em sua própria casa foram tentar ajuda em uma instituição que tem missão, segundo a notícia, proteger as pessoas. Mas ninguém, mesmo tendo espaço, protegeu esses meninos. E ao voltarem para casa, foram barbaramente assassinados. Outro adolescente, órfão de mãe foi também sozinho pedir socorro em outra instituição para pedir o direito viver por correr risco de morte onde morava. Gente da comunidade o conheciam e sabiam a que violência essa criança era submetida. Mas também não teve apoio e sozinho foi cruelmente assassinado. Será que essas pessoas que por omissão se tornaram cúmplices desses assassinatos, conseguem colocar suas cabeças no travesseiro e dormir tranquilos? Que horror!
  Naqueles meninos mortos covardemente, mataram também o Cristo  a que dizem tanto amar. (Cf.Mt. 18,5); (Mc.9, 37)
  A vida não termina com o nascimento da criança. Ela deve ser preservada do seio materno ao seio da mãe terra ao final natural de sua existência.

sábado, 8 de novembro de 2014

Reflexões de Geralda Maciel sobre alguns textos Bíblicos


Certa vez uma pessoa amiga me fez esta observação: às vezes eu estou aqui pertinho de ti e me parece que por alguns instantes tu te ausentas desta nossa conversa. Caí em mim e disse "com meus botões"  é  verdade. Mas imediatamente dei um jeito de corrigir essa situação. Durante  esta  minha reflexão explicarei porque em determinadas situações isso acontece comigo.
Mudando de assunto, lembrei-me que lá  pelo  terceiro ou  quarto ano primário, tínhamos  uma vez por semana, aula de história sagrada (educação religiosa). Esse livro continha  algumas parábolas, como:  a do Filho da Viúva de Naim, (Lc.7,11-17), a da Filha de Jairo (Lc. 8,40-42 e 49-56), a do Filho Pródigo (Lc.15, 11-32) e a do Bom Pastor (Jo. 10,1-16). São textos que penetram profundamente em quem os lê.
Quero ainda destacar a passagem que relata o episódio dos Discípulos de Emaús(Lc. 24,13-35).
Todos os ensinamentos que o senhor Jesus nos deu, são lições de Pai para filhos, de irmão para irmãos, do infinito para o finito, do pastor para suas ovelhas, do Divino para o humano. Cristo veio nos revelar quem é o Pai, esta é a mensagem da bíblia e colocar para nós seu projeto de amor. Esta minha reflexão está dividida em partes, para melhor compreensão de todos e todas.
Nesta primeira parte quero me deter mais no capítulo dez do apóstolo João, do versículo vinte ao trinta. Como Lucas nos apresenta um Jesus rico em misericórdia, João nos mostra que a misericórdia desse Deus tão humano, vem de sua divindade  Ele é Deus (cf. Jo. 1, 1-3). O relato que  vai do versículo  vinte ao trinta, me coloca num cenário que dá asas  a minha imaginação. Observe a descrição: celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.(Jo.10,22-23). Eu fico pensando ...a comunidade em festa. Como estaria o firmamento nesse dia, já que era inverno?...  Imagino algumas possibilidades...
Faço aqui um parêntese para lembrar quando eu disse que em algumas circunstâncias, eu me abstraio da realidade onde e com quem estou. É que às vezes eu me recordo de algum fato acontecido anteriormente.
Por exemplo  na descrição que Jesus passeava no pórtico de Salomão eu voltei imediatamente a Morros, cidade do estado do Maranhão, onde vivi por alguns anos. Certo dia vi o padre Carlos andando para lá e para cá dentro da igreja , rezando  suas orações no seu breviário. Claro que isso é muito aquém daquilo que o senhor Jesus estava fazendo no templo. Sua grande mensagem iria ser publicada a alguns instantes. Por isso o foco é o  Cristo e seus ensinamentos. Ele iria dizer quem são suas ovelhas, como ele e o Pai as tratam e a segurança que todas têm junto deles(Jo.10, 27-28).
Na anunciação, o anjo disse a Maria que seu filho seria chamado  filho do Altíssimo (cf.Lc.1,32). Aos doze anos, no templo, ele se revela filho de Deus. (lc.2,24b). Nas passagens do batismo e da transfiguração, o Pai o apresenta  como seu filho amado e manda que o escutemos (Mc.1,11) e ( Lc. 9,35).
Aqui na festa da Dedicação, o próprio Jesus confirma sua filiação divina (Jo. 10,29) e o mais importante:  Ele é Deus. Eu e o Pai somos um . (Jo. 10,30).

sábado, 1 de novembro de 2014

Conclusão

     
Imensidão foi  uma estória de ficção que muito  nos divertiu, mexendo profundamente com os nossos sentimentos e emoções.
    Torcemos para que tudo desse certo entre os dois personagens principais. Mas como a história humana e cheia de  percalços e surpresas, eles estiveram presentes em toda essa narrativa.
     Caro(a) leitor(a) você também pode enriquecer nosso cabedal de conhecimentos, escrevendo a sua obra.  Presentei-nos com ela.
                                           
Obrigada.    A autora.