terça-feira, 27 de setembro de 2022

Eu Senti Santidade.

Hoje eu estou narrando a história dos poucos mas valiosos anos de vida de uma criança, que sofreu muito, porém trouxe muito amor àqueles e àquelas que conviveram com ela.

Esse menino tinha muita vontade de viver, mas a fragilidade de sua saúde o impedia de ter um dia-a-dia como outros de sua idade, que não eram portadores do mesmo problema.

Imagino que a sua mãe biológica não tenha tido, como toda cidadã deste país deve ter, cuidados e proteção  dispensados a uma mulher gestante.

Ele passava alguns dias em casa, contudo, devido a gravidade de sua doença (cardiopatia congênita) e outras complicações, deveria permanecer no hospital, aonde tinha o socorro necessário. Eu fui orientada a durante uma convulsão, segurar a língua dele com o cabo de uma colher, para que a mesma não enrolasse e prejudicasse sua respiração.


Eu o visitava duas vezes durante a semana.

Lá no hospital ele dispunha de todos os cuidados possíveis e necessários. O que não podia ser atendido lá, ele era encaminhado para lugares especializados no tratamento, pelo médico.

Eu o batizei em casa, na esperança de um dia levá-lo à Igreja a fim de formalizar esse ato. Infelizmente não deu tempo.

O que me consola é a certeza de que ele está com o Pai do Céu.

Ricardinho, eu te amo!

Tua mãe Geralda Maciel.

 

 


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