Confesso que nunca vi a obra original. Por isso, peço mil desculpas à autora ou autores se faltar alguma parte da mesma.
Agradeço ao bom Deus por ter chegado a mim essa poesia tão emocionante, que agora compartilho neste meu blogger. Veja-a agora:
Por Deus E Pela Pátria
Gabriela Mistral
Era o cair da tarde de um lindo verão!
Do sol no firmamento, se escondia o clarão.
Uma matrona esbelta, ao lado de um mancebo,
Sentada num rochedo, a contemplar do mar a amplidão.
Era seu filho moço e Henrique se chamava,
Que por um ideal sublime suspirava.
-Henrique, dizia-lhe a mãe bondosa,
Eu quero tua alma tão pura e graciosa
Como as gaivotas que voam.
Eu quero como os lírios teu coração,
Pra vê se Deus te chama ao santo ministério,
À santa vocação.
-Eu? Responde resoluto o filho.
Ó mãe recebe o meu segredo:
Eu quero como muitos, voar pela amplidão
E os grandes espaços cortar num avião.
Da mãe fica o coração partido,
Da frase resoluta do filho destemido.
-Henrique, o que? Aviador serás?
E o meu nobre castelo aqui acabará?
Quisera ver-te um dia ministro do Senhor,
Ministro do altar.
E diz Henrique com os olhos para o céu,
Espero que se rasgue do futuro o véu.
Ouve o grito da Pátria em grande dor,
Suplica do filho o braço defensor.
O som horrível da metralha ardente,
Quebrando o ar, amedrontando a gente.
Quero salvá-la ó mãe querida!
Por ela vou oferecer a minha própria vida.
E ela, a matrona, enxuga em sua face,
A lágrima sentida, a lágrima que lhe nasce.
E diz em êxtase, sufocando um ai,
Meu filho Henrique, é pela pátria vai.
Abençoou e o deixou partir,
Sem que da dor mostrasse o seu sentir, partiu
E nunca mais voltou naquela serra de onde ele voou.
Passaram-se anos...a França triunfante,
O espírito canta em coro deslumbrante!
Mas de Henrique, quem lhe dera nova,
E de sua vida a mais pequena prova?
Vai um dia cansada de esperar,
Sentar-se no rochedo a contemplar o mar.
Vê surgir um par de asas na amplidão,
E sente como mãe pulsar o coração.
Vê um hidro-avião beijando as águas,
Quase a apagar-lhe do peito as densas mágoas.
Aproxima-se da praia e vê descer,
Um jovem sacerdote e sem o conhecer, lhe diz:
-Senhor, vieste do campo de batalha?
Não viste meu filho Henrique ao pé de uma metralha?
Anseio por ver meu filho que a pátria foi salvar.
Eu desejava vê-lo ministro do Senhor, ministro do altar.
Ele segura o braço da mãe estremecido
E a faz levantar.
Abraça-a com carinho e diz-lhe com ternura
Sou eu teu filho Henrique
Ministro do Senhor, ministro do altar.
Q maravilha encontrar este poema, antigo, belo, inesquecível! Tb o declamava qdo criança, eu e uma prima, q simplesmente o amava. Porém, nunca soube sua autoria nem lembro sua letra completa... penso q era maior... mas já valeu à pena ter tido a lembrança de pesquisar e encontrar sua postagem. Obrigada!
ResponderExcluirMuito obrigada pelas palavras! Fico feliz em poder ter ajudado você a encontrar a autoria. Continue nos acompanhando!
ExcluirEsse poema me recorda a infância.declamei muito em festas da escola e da minha cidade.muito boa recordação.
ExcluirEu, Geralda também já a declamei muito.
ExcluirAmo esse poema. Conheci essa maravilha aos meus treze anos de idade, hoje conto com setenta. É meu aniversário e consegui ler o poema inteiro que ouvia uma amiga declamar. Obg. Parabéns
ResponderExcluirDe nada! Eu que fico feliz por ter você aqui no meu blog! Felicidades!!!
ExcluirLindo mesmo
ResponderExcluirObrigado(a)!!!
ExcluirQue felicidade encontrar essa poesia completa! Minha madrinha sempre a declamava, mas o Alzheimer é cruel e hoje não é mais possível ouvir sua declamação. Sempre procurei para relembrar e agora podemos relembrar sua história.
ResponderExcluirBom dia, Leonardo! Fico feliz por você ter conseguido encontra aqui no blog a poesia! Desejo tudo de bom para você e para sua madrinha.
ExcluirEu estudei colégio Redentora em Fortaleza. Reclamei no dia do aniversário do Padre Luís. Nunca esqueci. Até hoje declamou para minhas amigas.
ExcluirMaravilhosa, amo essa poesia, declamo (ou recito ) quando as amigas pedem ou em eventos, quando estudava no Colégio Imaculada Conceição, quando trabalhava como professora na Escola Estadual Comendador José da Silva Peixoto, isso em Penedo-AL, onde nasci e onde moro.
ResponderExcluirBem minha poesia tem algumas palavras diferentes , mais no fundi é a mesma poesia. Deus abençoe sua autora , cujo nome soube agora por você. Deus a abençoe Geralda. Me deixou muito feliz por ter registrado essa poesia aí. Abraços.
Minha avó recitava para o meu avô e para as amigas dela
Obrigada pelo comentário!!! Forte abraço!!!
ExcluirEu, Geralda Maciel, agradeço muito teu acesso a este blog.Que bom que tu gostaste! Continua participando. Obrigada!
ResponderExcluirEstava a procura dessa poesia ha muito tempo, recitei qdo eu tinha 14 ano, hoje estou com 72 anos! Obrigada😘
ResponderExcluirEu também amo essa poesia! Por isso faço questão de tê-la no meu blogger.Obrigada.
ResponderExcluirAgradeço a todos (as ) que acessam este meu blogger.
ExcluirEu, geralda Maciel, apesar de nunca ter encontrado a escrita original dessa poesia , a amo.
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