quarta-feira, 28 de março de 2018

Rochedo



"O Senhor é o meu rochedo, minha fortaleza e meu libertador."

II Samuel 22, 2

sábado, 17 de março de 2018

Que Seja Assim

Uma antiga colega de escola encontrou-se comigo e foi uma grande alegria! Recordamos tantos sentimentos da adolescência, que muitas vezes, expressávamos ao receber bilhetes dos meninos e nós respondíamos, dizendo:Não te lembras de me esquecer e não te esqueces de me lembrar.
Depois de alguns minutos , mudamos de assunto e passamos a comentar sobre o assassinato de mulheres,deste país, atitude covarde, desumana que tenta calar a boca daquelas que querem cantar, gritar, denunciar, celebrar o direito de viver de mulheres , que juntamente com homens que evoluíram, superando a banalização criminosa da violência contra a mulher.
Qual deve ser nossa reação perante os ataques desses insolentes que  fazem algumas acreditarem que as mulheres são inimigas.
Doravante só aceitaremos, se quisermos, qualquer conversa com essa gente, pedindo a assistência de mulheres da Anistia Internacional e de mulheres da ONU  e de mulheres de movimentos sociais internacionais.
Pedimos que deixem nossas famílias em paz.
Quando se tem uma atividade de destaque, principalmente em lugar especial, onde ele  é autoridade, e, usa esse cargo para intimidar, criar constrangimento, ameaçar nossas vidas em todos os sentidos, vamos exigir que paguem segurança para nós e para nossos filhos,porque a partir daí passamos a correr perigo por mentira a nós atribuída.
Tal arrogância é crime contra a honra, e a dignidade da pessoa ofendida! Nesse dossiê devemos também listar o crime de injúria,discriminação racial ou de gênero ou outra qualquer, e que tudo seja custeado pelo agressor.
Se tu te achas santo,vê como age o santo,lendo algumas destas passagens bíblicas:
- Diversos Conselhos -Mt. 7,1-2.
-O bom samaritano Lc 10,25-37.
-O fariseu e o publicano Lc 18,9-14.
A samaritana =Jo. 4,1-42.
O bom pastor  - Jo. 10,1-30.
A parábola da ovelha perdida Lc .15, 1-7.
O filho pródigo-Lc.15,11-32.
Quanto a nós, mulheres,devemos ter em mente uma frase dita por Marx, outrora e que cabe muito bem para nós hoje: Mulheres do mundo inteiro uni-vos!
E também esta: Mexeu com uma, mexeu com todas.
Não é não! Nada sem o consentimento da mulher.





O Nascimento


É isso que cada um(a) de nós deve fazer.
É isso que o nosso Continente deve fazer!

terça-feira, 6 de março de 2018

As Amigas Da Mãe

Até uns cinquenta anos atrás na comunidade de Burgos, onde nasci,existiam poucas casas.
Árvores enormes cercavam nossas moradias. Quase todas, eram  frutíferas. Eu penso que povos muito antigos viveram lá e plantaram tudo isso. São dezenas e dezenas de tipos de frutas que tinham naquela região e algumas somente lá outras já foram extintas, como: a tanja, murta,marajá outra que chamávamos de joana me chama e até o tucunzeiro.
Falando das árvores maiores, tínhamos: laranjeiras,pequizeiros,pés de tangerina, bacurizeiros, bananeiras,jaqueiras, juçareiras, bacabeiras,buritizeiros, cajueiros,goiabeiras, mangueiras, cacaueiros,pitombeiras,abacateiros,maracujazeiros e outros que agora nem me lembro.
Entre todas essas árvores, que ajudaram muito na nossa alimentação, quero destacar quatro delas: a Andirobeira, a Juçareira, a Mangueira e a Palmeira de Babaçu. Vale relembrar que nenhuma delas foi plantada pela nossa geração.
Dois rios de água doce atravessavam nossa vila. O rio Pernambucano e o Ribeirão.
Voltando a falar das quatro árvores acima destacadas, vou especificar como cada uma delas ajudou na nossa vida.
A Andirobeira, produz a andiroba. As pessoas, especialmente as mulheres, iam juntá-las. Depois as cozinhavam em grandes latões e ficavam por uns dias ao ar livre para esfriar.
Depois eram feitos os serões onde as mulheres se reuniam para retirar-lhe a massa e era uma alegria só . Muita conversa e estórias. Depois de dias era retirado o azeite e vendido a fim de se transformar em sabão. Hoje essa prática parece não existir mais.
A Juçareira ,que é óbvio, produz a juçara, chamada em outros lugares de Açaí, que nos servia de almoço e janta no tempo de sua colheita.
As Mangueiras davam tanta manga que servia também de alimento para porcos e cavalos, comuns naquele tempo.
A Palmeira de Babaçu, produzia muito. As mulheres iam juntá-los e quebrá-los individualmente ou em grupo. Depois os vendiam ali mesmo nas quitandas.
Hoje, as novas gerações vivem outra realidade. Seus avós ou pais são aposentados e os jovens estão até cursando  o ensino superior. Muitos estão saindo de lá em busca de trabalho formal.
O meu pesar é que  estão acabando com o sonho desse trabalho com carteira assinada. Mas  prevejo raios de luz, de esperança e de certeza, pois " O Show não pode parar." Vamos à Luta "! Navegar é Preciso"!