sábado, 25 de janeiro de 2014

VIII Capítulo


A Continuidade de Minha História





Enquanto viajávamos, disse-lhe que a achava simpática e muito humilde e contei-lhe que ela  lembrava outras três religiosas com quem convivi das quais guardava boas lembranças. Eram alegres, bonitas, simples e amigas.Uma delas foi a irmã Aureliana, quando ainda morava em Morros. Outra  foi a irmã Engeltraud  do internato e colégio Nossa Senhora dos Anjos em Bacabal. A outra foi a irmã Lúcia do Colégio São Vicente no bairro do João Paulo em São Luís. Todas eram professoras e todas foram minhas professoras. Então dona Irene , com quem eu viajava, sorriu e disse: que bom!
Chegamos à Fortaleza e eu fui morar no patronato dessa congregação em Messejana. Enquanto morei lá, cursei o terceiro ano normal no Colégio São José situado em frente ao Parque  das Crianças em Fortaleza.
Ao concluir o segundo grau, minha professora de filosofia pediu que eu continuasse os estudos e informou que iria haver inscrição para o vestibular, na FAFICE (Faculdade de Filosofia do Ceará) para os cursos de pedagogia, filosofia, etc. Fiquei calada e pensativa... .Aquela congregação era pobre estava  com poucos anos de existência e eu jamais teria coragem de fazer esse pedido  a elas. Não sei como, sei apenas que a diretora do São José era muito amiga dessas freiras.
Finalmente fiz o vestibular e fui classificada. O diretor dessa instituição de estudo superior era o padre Moreira, uma boa pessoa.
Eu estudava à noite  e até hoje não sei como conseguia andar por lá. Chegava em casa pelas vinte e três horas, onde uma das religiosas  me aguardava.
Mais tarde essa faculdade foi encampada pela Universidade Estadual do Ceará ( UECE).
Agradeço ao bom Deus por ter me dado a chance de estudar, porque: "a sabedoria é a única riqueza que os tiranos não podem expropriar"( Gibran Khalil Gibran).


                                       Essa aventura terá novos episódios.

domingo, 12 de janeiro de 2014

O Fenômeno

Capitulo 1


Em uma pequena cidade deste país onde os festejos próprios de sua cultura duram semanas com muita animação, comidas típicas, bebidas, muitas vezes até certos desatinos acontecem.
Certa vez, em uma dessas festas, aconteceu um fato inusitado.
Enquanto as comemorações prosseguiam com muita música, dança, trabalhos e bate-papos, eis que repentinamente ouve-se um tiro e em seguida, gritos e pedidos de socorro. As pessoas procuravam entender o que estava acontecendo. Foi aí que alguém disse:  tem um homem baleado no chão. A família dele gritava e as outras pessoas tentavam socorrê-lo.Outro presente comentou  a bala atingiu o coração.
Finalmente , uma pessoa    ofereceu seu carro para levá-lo até ao hospital.
A estrada era de chão batido e esburacada,o que dificultava a urgência no atendimento. Já bastante debilitado,chegaram finalmente àquela casa de saúde,onde foi encaminhado imediatamente para o centro cirúrgico. Durante a operação, a surpresa! 
Lá fora os seus familiares e amigos estavam apreensivos, ansiosos.
Ao término do procedimento médico ,o doutor apareceu para falar sobre o resultado da operação cirúrgica.
Os presentes faziam figas com os dedos e rezavam a fim de que tudo acontecesse da melhor maneira possível.
Ao verem o médico, disseram: e aí como ele está, o que aconteceu? 
O médico então lhes disse : 
-esse homem é um fenômeno.
-Como assim, doutor?  
-Ele está reagindo muito bem. E digo mais, ele só sobreviveu porque tem a sorte de ter dois corações.
Somente um foi atingido pelo disparo da arma de fogo.
Como disse ,certa vez, Sidarta: jamais, em todo mundo, o ódio acabou com o ódio. O que acaba com o ódio é o amor.