Se os anos sessenta foram para mim como que um leque que se abriu para os meus conhecimentos como, por exemplo, a transmissão da chegada do homem à lua, os anos setenta não ficaram atrás. Foi o período da conquista do tri-campeonato mundial de futebol no México; o meu primeiro contato com a Renovação Carismática Católica (RCC); também estava em destaque o movimento dos focolares fundado por Chiara Lubich e as músicas do padre Zezinho nos contagiavam por todo Brasil.
Mas, também, foi nesse tempo que tomei conhecimento da realidade nacional que o povo brasileiro não merecia: a ditadura militar.
Quem quiser se inteirar mais desse assunto, pode assisti-lo em documentários que às vezes são exibidos na TVBrasil, na TVE, no Canal Livre e ler livros como : Brasil Nunca Mais e outros.
Foram vinte e um anos de muita dor, vergonha e sofrimento. Tempo em que nossa pátria foi dilacerada pelos gritos de dor, suor e sangue de pessoas presas, torturadas, desaparecidas e mortas e pelas lágrimas e desespero de seus familiares e de quase todo povo brasileiro. Esse fato não deve ser esquecido, a fim de que essa parte de nossa história não se repita jamais. Mas nessa década, em meio a toda essa turbulência, fui acalentada com mensagens escritas em alguns livros, entre eles O Fenômeno Humano do teólogo francês Teillard de Chardin e Sociedade Sem Escolas de Ivan Illich. Do primeiro livro acima citado por mim, fiz esta pequena reflexão: Deus na sua infinita sabedoria, respeita nosso finito conhecimento e vai nos mostrando pacientemente as etapas da realização de sua obra criadora. O segundo livro, eu acho, que parte de sua mensagem está acontecendo, hoje, através das redes sociais de comunicação.
Por isso vale a pena sonhar e lutar pela realização de seus sonhos.
Cada decênio tem seus desafios e suas realizações. Como a vida é dinâmica!
Como disse Lênin: Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário".