1º Capítulo

O Sonho de Zezinho

Resolvemos defender os direitos das crianças

-Legal! Legal! Ôba! Ôba!

-Zezinho, acorda meu filho,há tempo que amanheceu.

-OH! mamãe, agora que estamos na melhor!

-Estás sonhando, meu filho?
-Estava sim, mamãe.Legal! Legal!

-Que bom sonho,heim?Conta logo, menino. Eu também quero saber,Zezinho.
-Então psiu. Atenção! Pois é um barato.Estávamos uma turma... você também Zezito.

-E o que aconteceu? Estou curioso.

-Íamos indo à escola, e aí ...
-Conta Zezinho.

-Aí uma idéia fabulosa!Pensei em uma atividade diferente.
-Como? Há... há...

-Convidei todos a defender os direitos das crianças.
-Puxa!... que legal!Mas... como assim,Zezinho?
-Ora... ora...fazendo com que todas as crianças do bairro estudem. Pois o Tico é um exemplo: trabalha o dia todo e não estuda.
-Então?...
-Combinamos em convidar a professora também.
-Ela aceitou Zezinho?
Primeiro ele perguntou o que conversávamos tanto.
-Já sei...levaram o maior carão.
-Não...mas...apresentamos nosso plano de ação.
-Ela gostou?
-Ora...ora...dona Helena entrou para a nossa turma.
Visitamos as casas.Queríamos saber quem estava fora da escola.
-Conseguiram algum resultado?
-Sim mamãe. Mas a senhora estragou tudo.
-Eu? Coitada de mim, nem sabia de nada.
-Quando dona Helena entrou na sala de aula, disse: turma , estou orgulhosa de vocês!
-Eu perguntei: por que ,professora?
-Pelo trabalho de pesquisa. Vocês estão convidados a receber o resultado hoje à tarde.
-Puxa!...Que bom dona Helena.
-Calma Zezinho...vocês estão convidados para uma festinha com direito a lanches e prêmios.
-Aí, toda a turma gritou:que bom professora! Legal, legal. Aí a senhora dona Mocinha me acordou. Mas...estou disposto a dormir de novo.

Aguarde o próximo sonho. Vai ser emocionante.

2º CAPÍTULO

A Negociação

Vejam só: pegaram algumas bananas. Estão com fome.
-Depressa Zezinho, pois tens que me ajudar antes de fazeres as tarefas escolares.
-Espere mamãe, pois ainda não contei o meu sonho de hoje.
-Novamente garoto?
-Sim! E desta vez, meu pai foi o herói.
-Como assim Zezinho?
-Calma Zezito.Logo,logo vou contar tudo.
Sonhei que papai e eu estávamos fazendo compras na feira. De repente,bumm... e um amontoado de gente. Corri para ver o que estava acontecendo.Ufa!
Xii!Vi um carro de polícia e crianças sendo colocadas nele. Então perguntei ao dono da banca: moço o que é que está acontecendo? Ele disse.
-São esses meninos ladrões, vagabundos que roubaram bananas de uma banca.
Corri para junto de papai e perguntei:papai o que podemos fazer para ajudar esses meninos?Oh! pai dá um jeito. Pede para que a polícia não os maltrate.Veja só: pegaram algumas bananas. Estão com fome.Merecem perdão.
Então papai negociou o pagamento das bananas em troca da libertação deles.Aí os mesmos foram soltos. Corriam, corriam. Perguntei, então ao papai: onde estão os pais deles?
Foi aí que fiquei sabendo que uns não têm pais e que outros têm, mas falta-lhes emprego e casa para morarem.E que é a esse preço que tentam sobreviver,embora sejam filhos da nossa sociedade.Foi aí que me veio uma idéia, um plano.
Corri ao teu encontro, Zezito, a fim de trocarmos idéias acerca desse assunto.Aí...bumm!!! Acordei.

Mas... aguarde o próximo sonho... nele estará a astúcia,uma armação fatal desta turma legal,

3º Capítulo

Solidariedade

Só que eu pedi mais: emprego e casa para os pais desses meninos.

-Meninos, por que conversam tanto? Venham tomar café.
-Bom mamãe, estou ouvindo o sonho de Zezito e vou contar o meu.
Zezito contei a dona Helena o ocorrido na feira. Então pensamos em fazer um abaixo-assinado. Foram oitocentas assinaturas em defesa dos menores.Aí fomos falar com o prefeito.
Chegando lá, dona Helena nos apresentou a ele. Entreguei-lhe o documento. Contei-lhe meu sonho e pedi providência para o problema. Ele pediu um prazo para nos dar uma resposta e elogiou nossa iniciativa.Só que eu pedi mais: emprego e casa para seus pais. Ele concordou.Eu pulei de alegria e ele tirou do bolso um envelope e me entregou dizendo que era para tomarmos um sorvete,pois estava feliz com a nossa ação.Peguei com tanta alegria o envelope a fim de ver quanto tinha.Aí acordei.

Para todos fica o apelo tornar esse sonho realidade.